A International Air Transport Association (IATA) declarou que seu passaporte digital de viagens deverá estar pronto dentro de semanas. O que a organização espera que seja a chave para dar aos governos a confiança necessária para reabrir as fronteiras, ainda está a ser testado por várias companhias aéreas em todo o mundo. No entanto, o plano é colocar um sistema em pleno funcionamento, até março de 2021.
Toda a indústria da aviação está a apostar na reabertura das fronteiras e nas viagens internacionais, para o verão europeu de 2021. A maioria concorda que, para que isso aconteça, em vez de uma campanha de vacinação global abrangente, deve haver um sistema em vigor que use os padrões acordados para os testes de COVID
A confiança é a chave
O objetivo é funcionar em parte como um recurso para os passageiros descobrirem quais são os testes e vacinas que irão precisar antes da viagem, mas tambem terem informações sobre onde poderão efetuar testes certificados.
No entanto, também dará aos viajantes a capacidade de partilhar os resultados dos testes. Isso significa que os laboratórios e centros de teste autorizados podem enviar os resultados ou certificados de vacinação diretamente para o aplicativo, criando um passaporte digital COVID-19.
“A questão principal é a confiança. Os passageiros precisam ter certeza de que os testes que fizeram são precisos e permitirão que eles entrem no país de destino”, disse Vinoop Goel, diretor regional de aeroportos e relações externas da IATA à BBC.
Os governos precisam ter a confiança de que os testes que os passageiros afirmam ter, são precisos e atendem às suas próprias condições ”, continuou Goel.
Os passageiros precisam de informações precisas sobre quais são os requisitos de teste para os países para onde irão, porque cada país tem testes diferentes e requisitos de vacinação
Quais as funções do aplicativo?
O aplicativo funciona como uma plataforma de mídia social – os usuários precisam fazer o carregamento dos seus dados, que podem ser partilhados com as companhias aéreas, aeroportos e governos, dependendo de seus planos de viagem. Depois de criar essa identidade, os usuários podem decidir se desejam ou não registar os seus perfis de saúde ou partilhar as suas informações de reserva com várias organizações que facilitam sua viagem.
Quando lançado ao público, a App estará disponível nas plataformas iOS e Android e deverá ser gratuito para os passageiros. De acordo com a IATA, a App está a ser projetado de forma modular para que possa se adaptar e se conectar a outros sistemas em uso em todo o mundo.
Será mais difícil de falsificar
Espera-se que os certificados digitais inspirem mais confiança, pois são mais difíceis de falsificar do que seus equivalentes em papel. Infelizmente, relatos de indivíduos ou mesmo centros de teste fornecendo documentos e certificados falsos minaram a confiança nos esquemas de testes.
Quem irá pagar pelo uso da App?
Deverão ser as companhias aéreas a pagar para usar o aplicativo. Não se espera que os passageiros tenha algum custo, pois é provável que seja oferecido pelas companhias aéreas, como parte da oferta aérea de serviço aos seus passageiros.
E os passageiros que não têm smartphones?
Passageiros que não possuem smartphone compatíveis, ou que não possam usar o Travel Pass por qualquer motivo, continuarão a ter a alternativa em papel, embora menos cômoda.
Iremos continuar a usar a App no Post COVID?
Mesmo que a pandemia Covid-19 seja controlada, a IATA espera que o Travel Pass ainda seja útil, embora enfrentar os desafios de viajar em meio à pandemia seja a prioridade.
Diz-se que o aplicativo pode ajudar a acelerar a adoção de identidades digitais e viagens sem contato.
Os testes piloto estão em andamento
Entre as primeiras companhias aéreas em todo o mundo a testar o travel pass estão as duas companhias aéreas dos Emirados Árabes Unidos, Etihad e Emirates, ambas fortemente dependentes de clientes de voos de conexão e transferências de longa distâncias. Ambas estão ansiosas para reiniciar as viagens internacionais. O Panamá foi o primeiro governo a participar do teste junto com sua companhia aérea Copa Airlines.
Preocupações com a privacidade
A ciber segurança e a privacidade dos dados serão os dois maiores obstáculos à implementação da iniciativa do travel pass, porque algumas regiões como a Europa têm requisitos de privacidade de dados muito fortes.
Outros aplicativos concorrentes
A IATA reconhece que seu aplicativo não é a única solução no mercado e afirma que a forma como o seu aplicativo foi projetado significa que os quatro módulos individuais podem funcionar com módulos semelhantes de outros sistemas.
Entre os concorrentes estão o CommonPass, lançado pela Commons Project Foundation, com sede na Suíça, e o Fórum Econômico Mundial. JetBlue Airways, Lufthansa, Swiss, United Airlines e Virgin Atlantic estão entre as primeiras companhias aéreas a lançar o passe, disse a Commons Project Foundation em novembro.
A gigante da tecnologia IBM também tem uma solução chamada Digital Health Pass, embora seja voltada não apenas para companhias aéreas, mas também para estádios desportivos, parques de diversões e salas de concertos. Também destina-se a ajudar os empregadores a verificar se os funcionários “atendem aos requisitos do local antes de entrar”.
O que considera serem as vantagens e desvantagens do travel pass? Será esta a chave para reabrir as viagens internacionais? Deixe um comentário em baixo.