Primeiro voo intercontinental com combustível feito de óleo de cozinha

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No dia 18 Maio de 2021, um avião da Air France utilizou óleo de cozinha como combustível e realizou um voo com duração de quase sete horas, de Paris, na França, até Montreal, no Canadá.

Para realizar o primeiro voo de longo curso com combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em francês), a Air France KLM teve o apoio da  Total, Airbus e o operador aeroportuário  Groupe ADP.

Em nota, a empresa explica que o biocombustível usado para o voo “foi feito de resíduos e resíduos provenientes da economia circular. A Total produziu o SAF a partir de óleo de cozinha usado em sua bio refinaria em La Mède, no sul da França e na sua fábrica Oudalle perto de Le Havre. 

Ao todo, o uso do SAF evitou a emissão de 20 toneladas de CO2. O óleo de cozinha usado que abastece o voo consome 25% menos combustível do que seu antecessor, de acordo com a empresa.

O biocombustível é mais ecológico mas também é mais caro

Esta alternativa de combustível é altamente mais ecológica, mas menos econômica. 

Segundo cálculos da Air France, essa mistura gera um custo adicional de 4€ por passageiro no trajeto realizado. Para não perder a competitividade, a empresa pretende incentivar o uso destes biocombustíveis para o maior número de companhias possível. 

A legislação francesa será uma grande aliada ao plano, uma vez que determina, a partir de 2022, o uso do biocombustível em 1% de todos os voos que decolarem do país. 

Em 2025, esse número subirá para 2%, conforme a lei vigente e, em 2030, chegará a 5%. A tendência é que a prática seja gradualmente adotada pelas empresas. 

Airbus pretende dar um passo a frente, e já estuda estratégias para uso de nada menos do que 100% de biocombustíveis nos voos “nas próximas décadas”. 

 Mas as companhias aéreas tradicionais têm procurado afastar a medida dos voos de longo cursoargumentando que a exigência poderia expôlos à concorrência desleal vinda do estrangeiro. 

A possibilidade de prejuízo comercial levou mesmo várias companhias aéreas de baixo custo,incluindo a Ryanair, a Wizz Air e a EasyJet, a exigirem  UE que as regras se aplicassem a todos os voos com origem na Europa. 

 

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