A expectativa de embarcar num grande jato comercial e seguir viagem até o outro lado do mundo logo será algo tão trivial quanto um voo doméstico, numa aeronave “normal”. Jatos widebodies já podem ser substituídos por aviões menores, como os tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, adaptados para voos transoceânicos.
O avanço nas tecnologias de motores e novas soluções aerodinâmicas contribuíram para reduzir significativamente o consumo de combustível dos aviões comerciais, abrindo a possibilidade de rotas cada vez mais longas. Se aproveitando dessa evolução, aviões menores, antes restritos a voos domésticos, partiram para a carreira de viagens internacionais entre continentes.
A Airbus já atua com firmeza nesse mercado com o A321LR. O modelo é uma versão de longo alcance do A321neo, com alcance ampliado para 7.400 km. Outra evolução do A321neo, o A321XLR, terá um desempenho ainda mais impressionante, de até 8.700 km. Significa poder voar de São Paulo ou do Rio de Janeiro para Nova York ou Lisboa sem paragens, rotas hoje executadas somente por widebodies. O lançamento da aeronave é programado para meados de 2024.
Os jatos da série 737 MAX da Boeing também apresentam bons números de autonomia. O menor modelo da família, o MAX 7, tem alcance de 7.130 km, o suficiente para voar sem escalas de São Paulo a Miami. O emprego de aviões pequenos e menos onerosos em relação aos widebodies abre um novo nicho no mercado de viagens internacionais com a oferta de passagens mais baratas.